sexta-feira, 28 de novembro de 2014

PT mantém ativo processo contra golpe eleitoral da revista Veja

27/11/2014 12:53
Por Redação - de Brasília e São Paulo

A Veja desconheceu a gravidade da sentença à qual foi submetida
A Veja desconheceu a gravidade da sentença à qual foi submetida

O golpe midiático aplicado pela revista semanal de ultradireita Veja, às vésperas da eleição, segue ativo e terá seu curso definido na Procuradoria Geral da República (PGR). O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) esclareceu, em nota distribuída nesta quinta-feira, que o processo aberto contra a intenção clara de tumultuar o processo eleitoral brasileiro está em vigor. A legenda requereu, perante a PGR e ao Supremo Tribunal Federal (STF), a instauração de inquérito para investigar o vazamento de supostos elementos da delação premiada de Alberto Youssef à publicação da Editora Abril, que deu origem à capa da publicação, três dias antes do segundo turno das eleições presidenciais, na qual afirmava que “Dilma e Lula sabiam de tudo”. Após a manifestação da PGR, o ministro Teori Zavascki, do STF, arquivou o pedido no Supremo por entender que não há envolvimento de autoridades com prerrogativa de foro no vazamento.
“No entanto, estão em andamento perante a Procuradoria Geral da República três procedimentos para apuração dos mesmos fatos (Manifestação n. 84489/2014; Sistema único n.00243054/2014 e Notícia-Fato n. 1.00.000.015966/2014-08)”, esclareceu o PT.
Na semana que antecedeu as eleições, a revista adiantou a divulgação da capa, que normalmente é feita aos sábados, para a noite de quinta-feira. A publicação dizia ter posse de uma gravação em que o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, teria dito a um ainda que Lula e Dilma sabiam da corrupção dentro da Petrobras. As declarações provaram-se falsas nas semanas seguintes, após a negativa do advogado de Yousseff, Antonio Figueiredo Basto, de que ele teria feito as insinuações quanto a Lula e Dilma.
De acordo com a revista, o doleiro que assinou um acordo de delação premiada para conseguir redução de pena, foi questionado sobre o nível de comprometimento de autoridades no esquema que ele fazia. “O Planalto sabia de tudo”, teria dito. O misterioso delegado pergunta a quem ele se referia. “Lula e Dilma”, teria respondido Youssef. O repórter Robson Bonin, que assina a matéria, no entanto, confessa que todas as afirmativas carecem de provas mínimas para se transformarem em algo minimamente crível.
“O doleiro não apresentou – e nem lhe foram pedidas – provas do que disse. Por enquanto, nesta fase do processo, o que mais interessa aos delegados é ter certeza de que o depoente atuou diretamente ou pelo menos presenciou ilegalidades”, disse Bonin.
Advogado de Youssef, Figueiredo Basto voltou a desmentir a revista, nos dias que se seguiram, ao esclaecer que o doleiro prestou depoimento à Polícia Federal de Curitiba no dia 14 de outubro, mas não disse o que a revista publicou.
– Eu nunca ouvi nada que confirmasse isso (que Lula e Dilma sabiam do esquema de corrupção na Petrobras). Não conheço esse depoimento, não conheço o teor dele. Estou surpreso – afirmou Basto a um jornal carioca.
Youssef prestou vários depoimentos no mesmo dia, sempre acompanhado de advogados da equipe de Basto, mas ninguém ouviu uma só palavra do que foi publicado pela Veja.
– Conversei com todos da minha equipe e nenhum fala isso. Estamos perplexos e desconhecemos o que está acontecendo. É preciso ter cuidado porque está havendo muita especulação – pontuou o advogado, à época.
A maior preocupação do advogado no incidente, que passou ao largo da matéria de Veja, deve-se ao fato de que tal afirmação demandaria provas, caso contrário, além de violar o benefício da delação, que exige a apresentação de comprovação, o seu cliente estaria infringindo lei por calúnia, injúria e difamação, acarretando em outro processo. De forma criminosa e embalada pelo velho estilo golpista da grande mídia, a Veja publicou “reportagem” às vésperas da eleição sem apresentar provas que possam embasar tal afirmação, condição fundamental para uma reportagem. Aliás, esta é a conduta da revista ao longo da sua história marcada pela infração de todo e qualquer código de ética do jornalismo existente no mundo e do direito à informação, previsto na Constituição Federal de 1988.
A revista não escondeu, em nenhum momento, que sua intenção era o golpe. O colunista Reinaldo Azevedo, desde então, repete que o objetivo da publicação e da corrente política de extrema direita à qual representa é o de derrubar Dilma no segundo mandato. “(…) Se Dilma for reeleita e se for verdade o que diz o doleiro, devemos recorrer às leis da democracia – não a revoluções e a golpes – para impedir que governe”, disse Azevedo, acentuando o caráter golpista da publicação. Azevedo, em sua coluna, passa a receita aos tucanos e seus aliados sugerindo o pedido de impeachment de Dilma com base em suposta declaração do doleiro.
“Sordidez terrorista”
Presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo definiu a publicação como “sórdida”. “A tentativa de golpe na democracia perpetrada pela revista Veja na sua capa nos momentos finais da campanha presidencial chegou ao cume da sordidez e da afronta”, afirmou Rabelo a jornalistas, logo após a veiculação da matéria.
– Isso demonstra que essa revista se tornou um panfleto provocador e terrorista da elite conservadora e obscurantista, contra as forças democráticas progressistas e populares do Brasil. A revista chega ao limite do desespero e isso é um obstáculo ao avanço da democracia em nosso país – completou o dirigente comunista.
O presidente do PT de São Paulo, Emidio de Souza, também repeliu a revista Veja e afirmou que a publicação não passava de uma estratégia para tentar salvar a campanha tucana que, naquela altura dos fatos, estava irremediavelmente perdida.
– É um desserviço ao bom jornalismo e à democracia, uma revista querer, a 48 horas de uma eleição, trazer uma matéria deste naipe. É um desserviço, uma falta de imparcialidade, ou melhor, é uma parcialidade total na disputa eleitoral. Eu acho que a Veja perde um pouco mais do pouco que lhe resta de credibilidade – disse o dirigente.
Profissionais do Jornalismo também avaliaram a ação do semanário. O jornalista blogueiro Altamiro Borges, do Centro de Mídia Barão de Itararé, afirma que Veja mente para tentar influir no voto dos brasileiros.
– Este novo golpe também deveria fazer com que o governo repensasse sua política de publicidade. Não tem cabimento bancar anúncios milionários numa publicação asquerosa e irresponsável, que atenta semanalmente contra a democracia e o livre voto dos brasileiros – asseverou.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Tucano critica hipocrisia brasileira: ‘Cada um de nós tem um dedão na lama’


21/11/2014 13:45
Por Redação - de São Paulo



Semler é empresário, advogado e administrador de empresas, formado pela universidade norte-americana de Harvard
Semler é empresário, advogado e administrador de empresas,
formado pela universidade norte-americana de Harvard
“Agora tem gente fazendo passeata pela volta dos militares ao poder e uma elite escandalizada com os desvios na Petrobras. Santa hipocrisia”. A observação é do empresário Ricardo Frank Semler, 55, tucano desde a fundação do PSDB, chefe-executivo (CEO) e sócio majoritário da empresa Semco S/A, empresa brasileira reconhecida, internacionalmente, pela reengenharia corporativa e a implementação dos conceitos da democracia industrial que lhe valeram o destaque ao redor do mundo. Sob sua gestão, os rendimentos da indústria cresceram de US$ 4 milhões, em 1982, para US$ 212 milhões em 2003. Em artigo publicado na edição desta sexta-feira no diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, no qual mantém uma coluna semanal, o empresário, advogado e administrador de empresas formado pela universidade norte-americana de Harvard não poupa críticas à sociedade brasileira.
Intitulado Nunca se roubou tão pouco, Semler inicia o texto com a certeza que “não sendo petista, e sim tucano”, sente-se à vontade para constatar que “essa onda de prisões de executivos é um passo histórico para este país”.
Leia, a seguir, a íntegra do artigo:
Nossa empresa deixou de vender equipamentos para a Petrobras nos anos 70. Era impossível vender diretamente sem propina. Tentamos de novo nos anos 80, 90 e até recentemente. Em 40 anos de persistentes tentativas, nada feito.
Não há no mundo dos negócios quem não saiba disso. Nem qualquer um dos 86 mil honrados funcionários que nada ganham com a bandalheira da cúpula.
Os porcentuais caíram, foi só isso que mudou. Até em Paris sabia-se dos “cochons des dix pour cent“, os porquinhos que cobravam 10% por fora sobre a totalidade de importação de barris de petróleo em décadas passadas.
Agora tem gente fazendo passeata pela volta dos militares ao poder e uma elite escandalizada com os desvios na Petrobras. Santa hipocrisia. Onde estavam os envergonhados do país nas décadas em que houve evasão de R$ 1 trilhão – cem vezes mais do que o caso Petrobras – pelos empresários?
Virou moda fugir disso tudo para Miami, mas é justamente a turma de Miami que compra lá com dinheiro sonegado daqui. Que fingimento é esse?
Vejo as pessoas vociferarem contra os nordestinos que garantiram a vitória da presidente Dilma Rousseff. Garantir renda para quem sempre foi preterido no desenvolvimento deveria ser motivo de princípio e de orgulho para um bom brasileiro. Tanto faz o partido.
Não sendo petista, e sim tucano, com ficha orgulhosamente assinada por Franco Montoro, Mário Covas, José Serra e FHC, sinto-me à vontade para constatar que essa onda de prisões de executivos é um passo histórico para este país.
É ingênuo quem acha que poderia ter acontecido com qualquer presidente. Com bandalheiras vastamente maiores, nunca a Polícia Federal teria tido autonomia para prender corruptos cujos tentáculos levam ao próprio governo.
Votei pelo fim de um longo ciclo do PT, porque Dilma e o partido dela enfiaram os pés pelas mãos em termos de postura, aceite do sistema corrupto e políticas econômicas.
Mas Dilma agora lidera a todos nós, e preside o país num momento de muito orgulho e esperança. Deixemos de ser hipócritas e reconheçamos que estamos a andar à frente, e velozmente, neste quesito.
A coisa não para na Petrobras. Há dezenas de outras estatais com esqueletos parecidos no armário. É raro ganhar uma concessão ou construir uma estrada sem os tentáculos sórdidos das empresas bandidas.
O que muitos não sabem é que é igualmente difícil vender para muitas montadoras e incontáveis multinacionais sem antes dar propina para o diretor de compras.
É lógico que a defesa desses executivos presos vão entrar novamente com habeas corpus, vários deles serão soltos, mas o susto e o passo à frente está dado. Daqui não se volta atrás como país.
A turma global que monitora a corrupção estima que 0,8% do PIB brasileiro é roubado. Esse número já foi de 3,1%, e estimam ter sido na casa de 5% há poucas décadas. O roubo está caindo, mas como a represa da Cantareira, em São Paulo, está a desnudar o volume barrento.
Boa parte sempre foi gasta com os partidos que se alugam por dinheiro vivo, e votos que são comprados no Congresso há décadas. E são os grandes partidos que os brasileiros reconduzem desde sempre.
Cada um de nós tem um dedão na lama. Afinal, quem de nós não aceitou um pagamento sem recibo para médico, deu uma cervejinha para um guarda ou passou escritura de casa por um valor menor?
Deixemos de cinismo. O antídoto contra esse veneno sistêmico é homeopático. Deixemos instalar o processo de cura, que é do país, e não de um partido.
O lodo desse veneno pode ser diluído, sim, com muita determinação e serenidade, e sem arroubos de vergonha ou repugnância cínicas. Não sejamos o volume morto, não permitamos que o barro triunfe novamente. Ninguém precisa ser alertado, cada de nós sabe o que precisa fazer em vez de resmungar.

sábado, 1 de novembro de 2014

Ultradireita monta cerco no Congresso e busca emparedar presidenta

30/10/2014 12:31
Por Redação - de Brasília e São Paulo

Alves, presidente da Câmara, e Dilma, em recente encontro, evitam temas polêmicos
Alves, presidente da Câmara, e Dilma, em recente encontro, evitam temas polêmicos

Os votos ainda não esfriaram nas urnas, após declarada a vitória da presidenta Dilma Rousseff para um novo mandato, até 2018, e as forças mais reacionárias da sociedade brasileira já se articulam. Partidos de centro-direita, entre eles grande parte do PMDB e do PDT que, presumidamente, deveriam integrar a base aliada, articulam um bunker para deter as reformas sociais defendidas pela esquerda que, também em tese, venceu as eleições deste último domingo. Os parlamentares conservadores, porém, formam a maioria absoluta do Congresso, o que significa um jogo pesado para a presidenta, reconduzida ao cargo por uma diferença de apenas 3,5 pontos para o adversário tucano, Aécio Neves.
Na véspera, a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados aclamou seu líder, Eduardo Cunha – integrante da extrema-direita no Estado do Rio – como candidato à presidência da Casa. O anúncio ocorre três meses antes da eleição, em um claro movimento de pressão ao PT e o governo para que aceite a candidatura do peemedebista, desafeto declarado da presidenta Dilma. A próxima eleição para presidente da Casa será em fevereiro de 2015, quando os novos deputados tomam posse.
A estratégia da bancada peemedebista da Câmara ocorre à revelia da cúpula do PMDB e visa a atrair partidos de oposição, na queda de braço entre o governo e a atual legislatura. Além de não ter a simpatia da presidente reeleita Dilma Rousseff, Cunha não cultiva boas relações com o vice-presidente Michel Temer, que também preside a legenda. Até agora, governo e PT, que terá a maior bancada da Câmara em 2015, estão apenas assistindo aos movimentos de Cunha, o que pode colaborar com sua estratégia de pavimentar o terreno para a candidatura até um ponto irreversível. Aliados de Cunha romperam o acordo com os petistas, que previa um rodízio no comando da Câmara. Agora, seria a vez do PT apontar um candidato à Presidência, com o apoio do PMDB.
Vara curta
Os parlamentares da direita sentem-se fortalecidos, após impor meia derrota ao governo, dois dias depois da reeleição, numa matéria carregada de simbolismo democrático como a que previa a criação de conselhos populares para debater e aperfeiçoar as medidas governamentais. Após acusar o ato de “bolivarianismo”, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, colocou o tema em pauta quando a centro-direita formava maioria em Plenário. O decreto presidencial apenas regulamenta algo que é lei há 11 anos. Tratava-se apenas de mandar um duro recado à presidenta, ainda que signifique cutucar a onça com vara curta.
Na análise do jornalista e blogueiro Rodrigo Vianna, “o governo Dilma terá a dura tarefa de se equilibrar entre dois fogos. De um lado, está a força das ruas – que empurrou Dilma para a vitória. De outro, está o “centrão” no Congresso. Na Câmara, a centro-esquerda (PT, PCdoB e mais alguns votos no PSB e PDT) tem menos de 100 deputados. Isso mesmo: cerca de 20% da Câmara”.
“O PMDB – que seria o aliado de “centro” a garantir estabilidade – envia sinais de rebelião. Mas Dilma não pode prescindir do centro para governar. O PSD de Kassab deve assumir papel importante. Pode-se aglutinar, em torno do PSD, uma base de apoio de centro que ofereça a Dilma um contraponto, se o PMDB de Eduardo Cunha insistir na chantagem. Na teoria, PSD/PR/PP/PDT podem formar um bloco com mais de 120 deputados (o dobro do PMDB)”, acrescenta.
Na matemática política, porém, não há resultados exatos. “Se ceder demais ao centro no Congresso, Dilma desagradará as ruas – onde colheu o apoio que lhe garantiu a vitória numa campanha em que o cerco midiático conservador chegou a níveis semelhantes ao de 1954, no ataque final a Getúlio Vargas. A situação de Dilma pode encontrar paralelo também no governo Jango. Ele era pressionado pela esquerda – para avançar nas Reformas de Base. Só que o aliado PSD (partido de centro), rechaçava as reformas. Jango queria a reforma possível – que pudesse ser aprovada no Congresso. Pressionado pela esquerda, foi para o tudo ou nada. Perdeu apoio do PSD, e foi derrubado por um golpe em 1964″, lembra Vianna.
O PT, lembra o articulista, “até hoje abdicou da rua, resolvendo tudo com conciliação. Esse tempo acabou. Mas não sejamos ingênuos, nem extremistas. A negociação segue sendo necessária. A esquerda não tem força para impor sua agenda ‘pura’ ao país. Apostar nisso é apostar num desastre”.
Ministério complicado
Um dos mais poderosos instrumentos de negociação que a presidenta conserva, na tentativa de formar uma maioria estável no Congresso, a caneta de que dispõe para assinar a formação do próximo ministério está carregada e pronta para entrar em ação. Dilma, segundo o editorialista da agência brasileira de notícias Carta Maior, Saul Leblon, “fará de seu novo ministério uma trincheira de competência técnica, mas também um instrumento de ação política para abortar cercos e superar flancos revelados antes e
depois das urnas”.

“O PT, partidos aliados e movimentos sociais naturalmente serão contemplados: foi deles a responsabilidade pela candidatura vitoriosa em outubro. Mas o setor empresarial também será incorporado. A concessão de um governante vitorioso é uma lâmina de dois gumes. Um deles fatia um pedaço do seu mandato para o mercado; o outro fatia um pedaço do mercado que os inconsoláveis pelotões do revanchismo querem perfilar na ordem unida do terceiro turno contra Dilma”, acrescentou.
Leblon, na defesa de um mercado mais simpático às reformas de base, cita exemplos como os de Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza, ou o do aventado para o ministério da Fazenda Luiz Trabuco Cappi – “presidente de banco que pensa como a empresária, não por benemerência, mas de olho no avanço do crédito no país”. Segundo o colunista, eles “podem ser acomodados em um governo de composição acossado pelo terceiro turno golpista, associado aos rentistas que preferem lucrar sem produzir. Acercar-se de anteparos não antagônicos à construção de um desenvolvimento convergente é o que qualquer governante progressista sempre fez e fará, após renhida batalha eleitoral”.
O cerco à presidenta, no Congresso, porém, segundo o cronista de Carta Maior “não é uma miragem”. Há, segundo afirma, “a pretensão conservadora de isolar Dilma em uma Guantánamo institucional, e impedi-la de governar”.
“As operações de assalto estão explícitas nas manchetes ressentidas das horas que correm, nos perdigotos expelidos de colunas sulfurosas e na rejeição da Câmara ao projeto que institui conselhos populares –organismos consultivos para o aperfeiçoamento dos programas sociais do governo. São sinais do tipo: às favas as urnas! Reverter a escalada dos liberais que não se libertam jamais da UDN embutida nas veias, não se resolve com um ministério puro sangue. É mais difícil que isso”, afirma.
Segundo Leblon, as urnas deram mais quatro anos de governo a Dilma, após um período de falhas severas na condução política do país:
“Se falhar de novo, dificilmente haverá uma chance tão cedo outra vez”, conclui.