Mulheres fazem beijaço na Câmara contra Jair Bolsonaro
Em meio à negociação para divisão de comissões da Câmara dos Deputados, um grupo de cinco mulheres promoveu um "beijaço" nas dependências da Casa contra a possibilidade de o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) assumir a Comissão dos Direitos Humanos. Na mesma linha dos protestos contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), as ativistas levaram cartazes a deputados nos quais pediam "mais amor, menos Bolsonaro".
Bolsonaro, conhecido por suas posições conservadoras, tenta suceder Feliciano na Comissão de Direitos Humanos. O caminho poderá ficar livre para ele caso o PT abra mão da comissão e o PP não garanta a Comissão de Minas e Energia.
"Há sim uma perspectiva que essa comissão seja presidida por Bolsonaro, que na nossa opinião é um inimigo dos direitos humanos", disse Maria das Neves, diretora das jovens feministas da UJS.
Questionado sobre o protesto, Bolsonaro disse que pretende defender o direito das maiorias caso seja eleito à comissão. "Minha proposta é defender o direito das maiorias, e não das minorias. Minorias têm de se calar, se curvar a maioria", disse.
Bolsonaro também defendeu a pena de morte contra a "minoria de marginais que aterroriza a maioria". "Quando se fala em menor vagabundo, como esse que foi preso num poste do Rio de Janeiro, você tem de ter uma política para aprisionar esses caras, buscar a redução da maioridade penal", disse.
Tags: comissão, direitos, Disputa, humanos, presidente
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