sábado, 24 de novembro de 2007

FHC, desesperado, exterioriza o ADN atávico da UDN, assume seu viés direitista, só faltando galgar a presidência do "Cansei" e apelar para os quartéis

23/11/2007 - 19h41

Governistas chamam FHC de preconceituoso e arrogante por criticar escolaridade de Lula

GABRIELA GUERREIRO
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

Líderes governistas reagiram nesta sexta-feira às declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de que os brasileiros "não podem ser liderados por quem não prioriza a educação".

A frase foi interpretada por governistas como "preconceituosa", que entenderam que foi uma crítica à baixa escolaridade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ex-ministro da Educação, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que o nível de escolaridade não representa a capacidade intelectual de ninguém. "Se ele quis falar em relação ao presidente Lula, como tudo indica, foi não apenas um preconceito como um equívoco. Porque o Lula pode não ter estudado formalmente, mas ele fala português direito."

Cristovam criticou o fato de FHC e Lula não terem realizado no país uma "revolução" na educação básica do país --o que o senador considera como fundamental para o crescimento brasileiro. "Acho que foi infeliz. E aí há uma coisa que se parecem muito Fernando Henrique e Lula: os dois falam demais."

Para o líder do PT na Câmara, deputado Luiz Sérgio (RJ), a opinião do ex-presidente expressa "arrogância, preconceito e desconhecimento" dos fatos. "De forma indireta, passa o preconceito dele em relação à grande maioria do povo brasileiro que fala como o presidente Lula. Sugiro que ele faça uma comparação entre o que foi realizado no seu governo e o que vem sendo construído no do presidente Lula."

O novo líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), disse que o ex-presidente foi "infeliz e preconceituoso", além de não ter sido fiel às estatísticas. "Quando se comparam os investimentos do atual governo na área de educação com o anterior, eu tenho convicção que ganhamos disparado."

Fontana também considerou a frase de FHC um "desrespeito" porque acredita que as palavras "alimentam o preconceito" no país. "Alguns constroem a inteligência nos bancos de universidades, outros em sindicatos. E ainda bem que esse não é o pensamento da maioria dos brasileiros", afirmou.

A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), disse que a frase de FHC mostra o quanto os tucanos agem baseados no preconceito. "Eles não conseguem admitir que alguém que não seja da classe deles, do status deles, que não tenha pedigree, possa fazer melhor para a maioria do povo do que eles, que não tiveram capacidade de fazer."

A exemplo de Fontana, Ideli afirmou que os números mostram que a educação evoluiu durante a gestão de Lula.

O presidente da comissão de Educação da Câmara, deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), criticou a opinião do tucano. Vieira recomendou que FHC acompanhe, por intermédio dos deputados do PSDB, os projetos enviados pelo governo à comissão.

"O comentário foi lamentável e preconceituoso, sem razão. O ex-presidente Fernando Henrique poderia acompanhar mais de perto o que está sendo discutido na comissão."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u348184.shtml

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